Datando de 1888,
Os Maias é um romance que retrata a história de uma nobre família portuguesa, a família Maia, inserindo a crítica social. Conta a história de Carlos e do seu avô, Afonso, que habitam Lisboa, sendo consideradas gentes cultas e de bom gosto. Pouco depois de começarem a habitar Lisboa, Carlos conhece uma senhora muito formosa, por quem se apaixona. Tornam-se amantes, até que Carlos descobre uma parte do seu passado conturbado, tencionando cortar as suas relações, mas os encantos desta mulher acabam por o prender, sentindo mais amor por aquela figura abandonada pela fortuna. Crescendo de dia para dia o amor entre eles, Carlos promete-lhe uma fuga para Itália onde possam viver o seu romance, já depois de casados. Entretanto, Guimarães, um amigo da mãe de Carlos em Paris, devolve ao amigo de Carlos um cofre que deixara a sua mãe, dizendo acidentalmente que o podia entregar a Carlos ou à irmã. A esta afirmação de Carlos, o amigo fica aterrorizado, pois descobre que a amante de Carlos é afinal sua irmã, praticando-se um incesto inconsciente. Depois de contar toda a verdade a Carlos e ao avô, Carlos não consegue conter os estímulos, sucumbindo à tentação de estar com a irmã. Abate-se sobre esta família a tragédia total, pois Afonso não consegue resistir ao desgosto de saber que o neto é amante da irmã, acabando por morrer. Depois da separação entre Carlos e Maria Eduarda, a irmã, este parte para uma viagem pelo mundo, regressando a Lisboa dez anos depois. Ao longo do romance, encontramos muita crítica social, principalmente aos atrasos do país, que aplicava uma educação ultrapassada, com gostos literários ultrapassados e, acima de tudo, um Portugal sem a capacidade de inovar.
É um bom livro, que gostei de ler, que me ensinou um pouco mais acerca do contexto do país no século XIX, presenteando-me com um romance inspirador.
É por estas razões e ... porque gosto de ler que ...
RECOMENDO!